segunda-feira, 10 de outubro de 2016

4° Semana - Basta! Não dá para tolerar o intolerável!

Inciamos a semana com um seminário referente ao livro "A Banalização da Injustiça Social", e avinhem qual foi o primeiro grupo sorteado para fazer a discussão?? Exatamente, foi o meu :D. Os únicos sorteios que dou sorte são esses da faculdade mesmo, sempre sendo uma das primeiras hehehehehe!!! Bom brincadeiras a parte vamos ao que interessa, meu grupo foi responsável pelos dois primeiros capítulos do livro, sendo o primeiro o assunto que vou abordar aqui. O título do capitulo é "Como Tolerar o Intolerável"?? muito pertinente esse tema para a realidade em que estamos inseridos.

No dicionário "intolerável " significa : que não se pode tolerar, suportar, dor intolerável, importuno, insuportável, vizinhança intolerável. Certamente alguém já passou por essas emoções, não??? Eu posso dizer que vivo passando, como sou ariana  , tenho valores bem determinantes desse signo como ESPONTANEIDADE, SINCERIDADE E IMPULSIVIDADE. Aí é tenso! Porque basta perceber valores inversos a ao bom senso e a justiça, que fico logo "indignada".
Tem um artigo que cita que quando toleramos a selvageria que vivemos diante de tantas injustiças sociais estamos sendo egoístas,indiferentes e coniventes ao sofrimento alheio (é algo a refletir).
" Tolerar o sofrimento dos outros , tolerar a injustiça de que somos vítimas , tolerar o horror que nos poupa não é mais tolerância : é egoísmo, é indiferença, ou pior . Tolerar Hitler era ser seu cúmplice , pelo menos por omissão, por abandono..." (Comte Sponville).
Bom fica aqui minha reflexão sobre o assunto de uma maneira geral, acredito que todos deveriam refletir sobre o assunto. Finalizo com uma pergunta:

Até quando vamos tolerar o intolerável?


3° Semana - Quanto vale ou é por quilo?



"O que vale é ter liberdade para consumir, essa é a verdadeira funcionalidade da democracia".
Dita pelo ator Lázaro Ramos – em "Quanto vale ou é por quilo?", filme postado acima, de Sérgio Bianchi – a frase traz uma entre as muitas questões apresentadas que são fundamentais para aqueles que desejam refletir mais seriamente sobre desigualdade, direitos e capitalismo na atualidade. Esse foi o filme visto em sala de aula, que nos remeteu a subjetividade, estudada na semana anterior, relacionada ao conteúdo visto no capitulo 05 do livro "Clínicas do Trabalho".

O filme Quanto vale ou é por quilo? mostra-nos o quanto nossa sociedade é marcada pela ideologia escravista. Mesmo já tendo se passado mais de cem anos desse regime ainda nos vemos com ideais que eram existentes no século XIX. A construção de nossa subjetividade passa por esses ideais que são mostrados na mídia, nas empresas e inclusive nas famílias. A camada endinheirada da sociedade não queria perder seus privilégios e para isso, assim que a lei da abolição foi assinada, os brancos reforçaram qualquer tipo de comportamento que pudesse os distanciar dos negros libertos. Os escravos receberam a liberdade, porém não receberam dignidade (respeito) e oportunidades – o mínimo para se viver bem. Receberam essa herança dessa época e ainda hoje se dizem livres, porém não são respeitados e ainda não tem acesso a todas as oportunidades que a camada social possuidora de bens tem. O filme trás uma discussão riquíssima, pois esse tema está presente em nosso dia-a-dia porque faz parte da construção da nossa subjetividade. Mesmo passando por estas dificuldades de acesso aos bens o que se faz quando consegue acessá-los? Será que se busca levá-los a outros que partilham da sua mesma condição inicial? E será que tudo é válido para ter acesso a esses bens de consumo? Foi válido o rapaz do filme se tornar matador de aluguel? Até onde se pode ir para conseguir estas coisas? Não podemos fazer dos outros objetos para conseguir alcançar algum patamar. Precisamos refletir eticamente sobre todas estas questões.